O último dia de nossa expedição a Cusco deveria ser literalmente maravilhoso. Sim, o título já estragou tudo! Trata-se do lendário Machu Picchu, considerado uma das 7 maravilhas do mundo e segundo as estatísticas a área recebe cerca de 2500 visitantes por dia. Como no dia anterior, tivemos que acordar por volta das 4 da manhã para pegar um ônibus que nos levou a Ollantaytambo. De lá, pegamos um trem, o chamado PeruRail, que tinha janelas amplas que ofereciam uma vista panorâmica muito chique. Depois de uma viagem de 1,5h chegamos a uma pequena vila de onde começamos nossa caminhada até o topo. O clima estava tropical e graças a Deus levamos algumas roupas extras, pois tivemos que trocar de roupa assim que chegamos ao topo. Em frente à entrada havia muitos turistas e além deles também muitos guias tentando oferecer um passeio por um preço acessível. Depois de um pouco de brainstorming, decidimos por um guia para nos acompanhar no passeio por cerca de 3 horas. Começamos o passeio e depois de chegar à primeira plataforma, pudemos ver o enorme território à nossa frente. Deve-se enfatizar que o pico que está sempre nas fotos não é a Montanha Machu Picchu. Esse pico fica do outro lado da cidade e o das fotos se chama Montanha Huayna Picchu. Apenas um segundo depois de chegarmos, pudemos fazer uma observação feliz. Um cara de joelhos propondo a namorada em casamento, que um segundo depois disse "sim" causando um grande aplauso. Definitivamente um lugar bem escolhido para tal ocasião.   

Para entender melhor o significado de Machu Picchu, queremos compartilhar nosso conhecimento que adquirimos durante nossa visita guiada. O nome significa montanha antiga e vem originalmente dos Incas, a primeira tribo a construir e ocupar toda a área no século XV. Seu território cobria toda a parte ocidental da América do Sul, incluindo sete países. É importante ressaltar que Inca é um termo que representa apenas o rei da tribo, não toda a população, como é comumente reivindicado. O Machu Picchu, onde viviam aproximadamente 1500 pessoas, é cercado de muitas outras montanhas e o acesso a outros lugares era extremamente difícil. Hoje existem duas opções para chegar ao cume a partir de uma pequena vila de Aguas Calientes. Seja de ônibus (30 minutos) ou caminhando (1-2 horas). Como as condições geográficas eram bastante limitadas nos tempos incas, é fascinante entender como eles lidavam com isso. Para comunicar informações importantes a outras pessoas que moram a quilômetros de distância, eles usaram duas maneiras. Uma delas era usar os chamados mensageiros, que eram responsáveis por receber e entregar informações de um ponto a outro. Uma cadeia de comunicação muito mais eficiente gritava de uma montanha para outra até chegar ao seu destinatário final. Outro fato interessante foi o sistema contábil dos Incas. Para contar, eles usavam os chamados quipus com cordas, cada uma representando um número diferente. Além disso, os incas tinham uma maneira muito inteligente de construir suas casas. Enquanto por um lado cada parede foi construída inclinada para o centro da sala para ser resistente a terremotos, eles usaram pequenas pedras redondas para mover enormes placas de rocha de um lugar para outro. Além disso, eles foram capazes de contar o tempo usando flora e fauna. Por exemplo, quando os condores voavam para longe do território, era sinal de crepúsculo. Enquanto caminhávamos pelo território, paramos no templo do sol. Costumava ser um quarto que tinha uma janela por onde o sol brilhava durante o dia. Isso permitiu que eles estivessem cientes de que época do ano era. Esta era uma sala importante para os incas naqueles dias entenderem quando seria o melhor momento para plantar e colher vegetais. Nós definitivamente terminamos o dia inteiro em deleite e ficamos incrivelmente impressionados com as impressões e antecedentes históricos dos Incas que aprendemos durante o passeio.

Duo Duo Pro Uno

Montanha Machu Picchu